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quinta-feira, 25 de março de 2010

A importância do Lúdico na Educação Infantil



Muitos pesquisadores denominam o século XXI como o século da ludicidade, vivemos em tempos em que diversão, lazer, entretenimento apresentam-se como condições muito preferidas pela sociedade. E por torna-se a dimensão lúdica alvo de tantas atenções e desejos, faz-se necessariamente e fundamental resgatarmos a sua essência.
Viver ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos parte desse conhecimento prático e que essas reflexões são as nossas ferramentas para exercermos um protagonismo lúdico e ativo.
O lúdico refere-se a uma dimensão humana que os sentimentos de liberdade de ação abrangem atividades despretensiosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade alheia, é livre de pressões e avaliações. Caillois (1986) afirma que o caráter gratuito presente na atividade lúdica é a características que mais a deixa desacreditada diante da sociedade moderna. Entretanto, enfatizar que é graças a essas características que o sujeito se entrega à atividade despreocupante.
Assim, o jogo, a brincadeira, o lazer enquanto atividades livres, gratuitas são protótipos daquilo que representa as atividades lúdicas, que se reduziram apenas em atividades infantis. Freinet (1998) denomina "práticas lúdicas fundamentais" como o não exercício específico de alguma atividade, pois, ele acredita que qualquer atividade pode se corrompida nas suas essências, dependendo do uso que se faz dela.
Logo, na atividade lúdica o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivência, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de resignificação e percepção, momentos de auto conhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momento de vida.
Pois, uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. o que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma "atitude" lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes.
De acordo com Oliveira (1990), " as atividades lúdicas são a essência da infância". Por isso, foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, sugerindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos.
Enfim, brincar é uma necessidade Básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação. Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.

LÍVIA FERREIRA

quinta-feira, 18 de março de 2010

Quem ama perdoa!!!

Todos nós, quando estamos apaixonados, tendemos a acreditar que a pessoa amada é perfeita, que ela jamais seria capaz de fazer algo sem que soubéssemos e que pudesse nos magoar. Mas isso não é verdade por um único e óbvio motivo: somos seres em evolução e todos, absolutamente todos nós, erramos e magoamos aqueles que mais amamos...
E isso me faz lembrar de uma frase citada no filme Proposta Indecente:
Pensei que fôssemos invencíveis.
Mas se ficamos juntos,
não é porque esquecemos
o que fizemos um ao outro,
e sim porque perdoamos!
Creio que essa seja uma das maneiras de perdoar! Esquecer é impossível, mas perdoar faz parte do amor que sentimos por uma pessoa e, acima de tudo, por nós mesmos. Sendo assim, podemos chegar a duas conclusões distintas:
- ou que merecemos nos dar mais uma chance porque conseguimos superar um acontecimento desagradável e continuar a relação em nome do amor;
- ou que o melhor é terminar o relacionamento e recomeçar a vida de uma outra forma, pois não nos sentimos em condições de levar adiante algo que já não faz feliz mais ninguém...
Ou seja, perdoar não significa necessariamente continuar juntos, mas significa que o amor pode transcender a raiva e o orgulho e dissolver a incompreensão. Como se conseguíssemos nos tornar maiores e mais fortes diante da sensação de termos feito a nossa parte, diante da certeza de que demos o nosso melhor e tentamos tudo o que podíamos para nos fazer felizes.
Muitas vezes, o relacionamento acaba, mas o amor continua pulsando forte. Outras vezes, o amor sucumbe e vai se tornando menor que o desejo de juntar os pedaços, de colar os cacos do que sobrou... E outras vezes, ainda, é preciso morrer para renascer!
Enfim, a vida é feita de ciclos e o Universo é perfeito. Tudo está em seu devido lugar e acontece exatamente como tem de acontecer. Precisamos apenas aprender a aceitar, a receber e absorver a sabedoria divina, por mais difícil que seja - e realmente é. Mas o tempo, o amor e o perdão possibilitam a superação da dor.
Como diz a música de Toquinho (Aquarela):
O futuro é uma astronave que tentamos pilotar.
Não tem tempo, nem idade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença, muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar...
E por acreditar nisso, descubro a cada dia o quanto vale a pena acreditar no amor, o quanto podemos ser mais e melhores ao investirmos em nossa capacidade de entender as limitações do outro, de compreender as dificuldades e os deslizes da pessoa amada, mesmo que já não faça sentido continuar com ela... Porque todos nós temos limitações, dificuldades e cometemos erros.
E porque aprendi, certa vez, que todos nós, por mais equivocados que estejamos, sempre tomamos atitudes baseados numa intenção positiva: a de sermos felizes. E o que mais podemos desejar para a pessoa que amamos, senão que ela seja muito feliz?!
Obviamente, desejamos também que as atitudes dela e as nossas sejam dignas, mas sabemos que nem sempre conseguimos e, assim, caminhamos todos em busca da evolução e do amor, precisando perdoar uns aos outros!
Rosana Braga ::

segunda-feira, 15 de março de 2010

SAUDADE!!!

Saudade é uma solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas você já.
Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que parece nos machucar,
é não ver o futuro que nos convida.
Saudade é sentir que existe o que não existe mais.
Saudade é a lembrança dos que perderam, é a dor dos que ficaram, só uma pessoa no mundo deseja não sentir saudade:
aquele que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, é como passar pela vida e não viver.
o maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda.

sábado, 13 de março de 2010

Para que serve o Amor?!

De uma forma ou de outra, causando alegria ou tristeza, o amor faz parte da história de vida de qualquer ser humano. Então, por que será que ainda causa tanta ansiedade, dúvidas, sofrimento? Obviamente, causa também satisfação, realização e felicidade, mas parece que, ao dar tudo certo, uma frase teima em gritar na nossa mente: tudo o que é bom dura pouco!
Será? Será mesmo que precisamos passar a vida toda temendo o fim de um grande amor? Ou talvez, precisamos aceitar a idéia de que o amor não é para todos? Que para encontrar e viver um amor de verdade precisamos ser dotados de sorte ou de algum tipo de poder mágico de encantamento?
Sinceramente, acredito que o amor é para todos. Porém, a questão é: mesmo sendo o amor para todos, nem todos são para o amor!!! Como saber? Você é? Eu sou? O que fazer para ser? Felizmente, a escolha é de cada um. A decisão de ser e estar para o amor só depende de nossas atitudes, de nossas crenças internas, de nossa consciência e disponibilidade para se entregar a esse sentimento e aceitar os desafios que chegam com ele.

Creio que o primeiro e maior desafio referente às relações amorosas seja pararmos de acreditar que o amor é um conto de fadas, como se bastasse encontrar um príncipe ou princesa para que ele aconteça sozinho, para que os sentimentos bons cresçam e se mantenham sem que nada precisemos fazer.
Porque baseados nessa crença investimos nosso tempo e nossa energia aprendendo truques de sedução, diversas maneiras eficazes e infalíveis de conquistar quem quer que seja... Apostamos demasiadamente em nossa aparência e justificamos tanto nossos ganhos quanto nossas perdas a partir do que enxergamos diante do espelho.
Muitas vezes nos tornamos reféns de roupas, cabelos, maquiagem, moda, sapatos, cores, caras e bocas para, enfim, nos tornarmos aptos a viver um grande amor. No entanto, isso é uma grande besteira. Ou melhor, a aparência tem sua importância, é verdade, mas tão ínfima e tão efêmera, tão passageira que não tem força nem consistência para fazer nascer e crescer um amor verdadeiro...
O amor está além da casca e se alimenta de consistência, de algo que melhore com os anos, que se torne mais forte à medida que faz 10, 30, 50 anos. E convenhamos: a maioria de nós, reles mortais, tende a obedecer à lei da gravidade a cada ano. A pele enruga e fica flácida, o corpo perde a agilidade e a juventude, o raciocínio fica mais lento e as rugas se tornam cada vez mais evidentes... E ainda assim, o amor pode crescer a cada dia, pode se superar e evoluir, fazendo seus praticantes ainda mais felizes do que no início, quando a pressa e o medo de não viver tudo o que podiam fazia com que não percebessem a paz e a felicidade que pequenos gestos podem trazer à nossa vida.
É difícil acreditar nisso quando ainda somos jovens e nosso maior objetivo é ao menos encontrar alguém com quem possamos usufruir toda a paixão que pulsa em nós. Mas precisamos compreender o papel do amor em nossas vidas, para somente então nos disponibilizarmos realmente.
Enquanto acreditarmos que os relacionamentos têm a função de nos satisfazer em todos os sentidos, como se fosse uma espécie de servo que chega para acabar com nossas frustrações e solidão, ficaremos pulando de promessa em promessa, de casamento em casamento, nos sentindo cada vez mais vazios, mais infelizes.
Precisamos admitir que as derrotas que sofremos são conseqüências de nossas próprias atitudes, de nossas próprias escolhas. Somente quando entendemos que somos responsáveis por nossa felicidade que podemos mudar, buscar novas alternativas, novas possibilidades e novas maneiras de viver.
Todos nós erramos, mas a vitória está depois do erro. Não importa quantas vezes caímos, mas quantas vezes levantamos. Porque a vitória está exatamente na vez em que levantamos; nunca na vez em que caímos!
E quando aplicamos essa teoria nos relacionamentos amorosos, não podemos considerar cada dificuldade como um sinal de que é hora de desistir, de acabar tudo e procurar outra pessoa. Senão, passaremos nossa vida inteira em busca de alguém que nunca nos desaponte, nunca cometa nenhum erro ou nunca nos faça sofrer. Amor não é isso.
Em algum momento desapontaremos a pessoa amada, mas são nesses momentos que nossas reações mais contam para nossa vitória ou nosso fracasso. Ou seja, a função do amor é nos mostrar que o relacionamento entre duas pessoas é passível de dor e enganos e que isso acontece justamente para que possamos refletir sobre nossa participação na dor e no engano.
Sim, porque não há um culpado e um inocente. Não há um carrasco e uma vítima.
Quando duas pessoas resolvem compartilhar suas vidas, fazem isso baseadas em semelhanças, ideais e afinidades. Enfim, não somos ímãs, somos pessoas; portanto, no amor não vale a máxima os opostos se atraem, mas sempre os semelhantes se atraem.
Sendo assim, no momento em que algo não vai bem na relação, a função do amor é levar-nos ao seguinte questionamento: por que escolhi essa pessoa? Certamente tenho algo a aprender com ela. E se ela é semelhante a mim, o que há em mim que atraiu alguém como essa pessoa?
Se você tiver coragem de se fazer essas perguntas e, principalmente, de dedicar um precioso tempo de sua existência em busca das respostas, você poderá chegar a duas conclusões: ou essa pessoa é sua mestra e, a despeito de todas as dificuldades, você saberá que poderá evoluir. Ou essa pessoa entrou em sua vida para lhe mostrar que algo dentro de você tem de mudar muito, para que você possa atrair a pessoa certa.
Resumindo: a pessoa certa pode nos ensinar a enxergar os nossos próprios erros e a mudar, a melhorar. E a pessoa errada pode nos ensinar que temos de mudar nossos conceitos internos sobre amor, casamento e relacionamento, a fim de que possamos atrair a pessoa certa. Mas independentemente de ser a pessoa certa ou a pessoa errada, pode ter certeza de que todo o aprendizado será iniciado a partir de uma dificuldade, de uma crise, de uma decepção, de um erro, enfim, de algo que incomoda, que nos faz questionar, avaliar, analisar e refletir.
Não há como crescer na perfeição, porque o que é perfeito não precisa ser mudado! E como somos imperfeitos e como nossa missão aqui na Terra é evoluir, foi nos dado o amor. Eis a sua função, eis o seu papel na vida de homens e mulheres.

:: Rosana Braga ::

quarta-feira, 10 de março de 2010

Não expor o amor é impedir a própria evolução e a do outro...

Não expor o amor é impedir a própria evolução e a do outro...


:: Rosana Braga ::


Todos nós, quando nos apaixonamos e investimos num relacionamento, sentimos medo de perder a pessoa amada. Por conta disso, passamos a medir nossas atitudes e, especialmente, nossas palavras. Acreditamos que o silêncio seja uma espécie de garantia, como se o fato de a outra pessoa não saber o que nos incomoda ou o que nos faz sentir inseguros a impedisse de querer ir embora!
É verdade que corremos o risco de criar conflitos difíceis ao expormos o que não estamos gostando na relação, mas o silêncio não é, de forma alguma, sinônimo de que está tudo bem! Muito pelo contrário, pois não há oportunidade de crescimento quando o que é sentido não é exposto, não é manifestado...
Além disso, considero extremamente injusto com o outro não dar a ele a chance de rever suas atitudes, de mudar seu comportamento e tentar evoluir, aprender novas maneiras de compartilhar e de viver a dois. Relacionar-se é uma chance preciosa de crescer e enxergar questões que sozinhos não poderíamos!
Mas quando nos fechamos e preferimos fingir (mesmo que não seja por maldade) que está tudo ótimo, desperdiçamos essa chance e estagnamos, simplesmente para não termos de olhar para o que incomoda, para o que dói e não termos de admitir que há algo a ser trabalhado, seja em nós mesmos ou no outro!
Um relacionamento baseado na aparente indiferença nunca poderá revelar se estamos agindo corretamente ou não. Ficamos presos às nossas verdades, aos nossos motivos e às nossas razões e perdemos a riqueza que existe no outro. E, assim, quando já não dá mais para tolerar o inevitável, tudo acaba e ficamos com a sensação de que nada realmente intenso e verdadeiro foi vivido, compartilhado, trocado e aprendido!
Sugiro que você se exponha, se torne vulnerável, corra o risco de criar conflitos, mas com um objetivo essencial: o de se reconhecer, de aprender e de conhecer melhor a pessoa amada. Conflitos não são, necessariamente, situações destrutivas e que nos levam ao rompimento. Esses são os conflitos vividos por pessoas que querem sempre ter razão, que falam para impor a si mesmas porque não admitem a possibilidade de estarem equivocadas.
Os conflitos podem ser muito bons a partir do momento em que você percebe que pode se tornar uma pessoa e um parceiro melhor porque está disposto a olhar para si mesmo e para o outro. Porque acolhe a si mesmo e ao outro. E isso só pode acontecer quando estamos dispostos a ouvir sem criticar. Questionar, sim! Acusar indefinidamente, não!
Enfim, falar o que você está sentindo e expor o que não lhe agrada é amar o outro no sentido de dar a ele a chance de se rever, de se trabalhar e de transmutar suas próprias limitações. No entanto, o que vejo são pessoas justificando seu silêncio porque preferem a paz, porque não gostam de brigas ou porque não querem magoar a outra pessoa.
Isso é uma grande bobagem, muito mais um escudo que serve para esconder o medo de ser rejeitado, o medo de descobrir que estava errado e o egoísmo por querer parecer o bom, o compreensivo, o injustiçado. Minha bandeira é: Abaixo o silêncio! Viva a verdade e a coragem de expor o amor!

Dê o que você tem de melhor e a vida lhe retribuirá!

Dê o que você tem de melhor e a vida lhe retribuirá!


:: Rosana Braga ::

Muitas vezes, passamos um longo tempo de nossas vidas correndo desesperadamente atrás de algo que desejamos, seja um amor, um emprego, uma amizade, uma casa, etc. Acredito, realmente, que devamos nos empenhar para alcançarmos o que queremos, no entanto, se não estamos conseguindo, provavelmente algo nesta busca está errado!

Não quero dizer que tudo tem de ser fácil, senão devemos desistir. Mas quero dizer que se nosso esforço não está dando resultados, é porque talvez não estejamos agindo da forma mais adequada para atingir tais objetivos; talvez o Universo esteja querendo nos mostrar que não estamos merecendo essa conquista. Muitas vezes, a vida usa símbolos, acontecimentos que são sinais para que possamos entender que, antes de merecermos aquilo que desejamos, precisamos aprender algo de importante, precisamos estar prontos e maduros para viver determinadas situações.

Se isso está acontecendo na sua vida, pare e reflita sobre a seguinte frase:

Não corra atrás das borboletas.

Cuide do seu jardim e elas virão até você!
Isso significa que, na verdade, não precisamos correr desesperadamente atrás daquilo que desejamos. Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que esse fluxo é perfeito. Tudo acontece nos seu devido tempo. Nós, seres humanos, é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo empurrar o rio. O rio vai sozinho, obedecendo o ritmo da natureza. Ao tentarmos empurrá-lo, estaremos apenas desperdiçando nossas energias e correndo o risco de nos sentirmos frustrados, pois o máximo que conseguiremos será uma enchente ou algum outro tipo de desastre.
O grande segredo da conquista é lembrarmos sempre que, subir ao pódio, erguer a taça da vitória ou comemorar os objetivos alcançados nada mais são que os resultados, as conseqüências de muito esforço, de muita luta e de muito trabalho. São, enfim, o prêmio merecido para quem deu o melhor de si!
Então, ao invés de nos concentrarmos no final da batalha, que comecemos a nos dedicar e a aproveitar mais todo o caminho que precisamos percorrer até chegarmos lá! É isso que quero dizer com a frase sobre as borboletas. Se passarmos todo o tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, a transformar o nosso espaço (a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável: as borboletas virão até nós! Ou seja, seremos merecedores de tudo o que desejarmos de bom...
Rosana Braga é Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos Palestrante


e Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro"


e "Amor - sem regras para viver", entre outros.

segunda-feira, 8 de março de 2010

MISS IMPERFEITA

(Texto na Revista do Jornal O Globo)


'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma c oisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para de scobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar algun s bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M...A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'
Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sábado, 6 de março de 2010

M DE MULHER



Seus Malabarismos Mágicos Manipulam Marionetes. Meninas, Mães, Madres, Marquesas e Ministras.



Madalenas , Marias, Mônicas, Magnólias, Marianas ou Madonas.


Elas são Manhãs e Madrugadas.


Mártires e Massacradas.


Mas sempre Maravilhosas, essas Moças Melindrosas.


Mergulham em Mares e Madrepérolas, em Margaridas e Miosótis.


E são Marinheiras e Magníficas.


Mimam Mascotes.


Multiplicam Memórias e Milhares de Momentos.


Marcam suas Mudanças.


Momentâneas ou Milenares, Mudas ou Murmurantes,


Multicoloridas ou Monocromáticas, Megalomaníacas ou Modestas,


Musculosas, Maliciosas, Maquiadoras, Maquinistas,


Manicures, Maiores, Menores, Madrastas,


Madrinhas, Manhosas, Maduras, Molecas,


Melodiosas, Modernas, Magrinhas.


São Músicas, Misturas, Mármore e Minério.


Merecem Mundos e não Migalhas.


Merecem Medalhas.


São Monumentos em Movimento, esses Milhões de Mulheres Maiúsculas.






Autor desconhecido (encontrei na net)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher


Alma de mulher






Nada mais contraditório do que ser mulher...


Mulher que pensa com o coração,


age pela emoção e vence pelo amor.


Que vive milhões de emoções num só dia


e transmite cada uma delas, num único olhar.


Que cobra de si a perfeição


e vive arrumando desculpas


para os erros daqueles a quem ama.


Que hospeda no ventre outras almas,


dá a luz e depois fica cega,


diante da beleza dos filhos que gerou.


Que dá as asas, ensina a voar


mas não quer ver partir os pássaros,


mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.


Que se enfeita toda e perfuma o leito,


ainda que seu amor


nem perceba mais tais detalhes.


Que como uma feiticeira


transforma em luz e sorriso


as dores que sente na alma,


só pra ninguém notar.


E ainda tem que ser forte,


pra dar os ombros


para quem neles precise chorar.


Feliz do homem que por um dia


souber entender a Alma da Mulher!

(Achei na net, se alguém conhecer o autor, ajude-me a dar os devidos créditos).