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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Educação Infantil / Características e Singularidades

A Educação Infantil traz uma nova roupagem, privilegiando a construção do caráter, a formação pessoal, a capacidade de enfrentamento das mais diversas situações, o respeito às diferenças, enfim a formação global da criança para que ela se prepare par ser um adulto consciente dos seus direitos e deveres.
A criança, quando chega à escola, deseja ser amada, acolhida, aceita e ouvida. Quando ela se satisfaz em todas as suas expectativas ou na maioria delas, desperta para uma vida de curiosidade e de aprendizado. Cabe ao professor organizar esse espaço de busca e interesse das crianças.
Para isso, é necessário ter sensibilidade e percepção acerca do mundo infantil e suas singularidades. É fundamental observar que a criança passa por fases de desenvolvimento, e que cada uma delas é importantíssima para a sua formação geral.
A infância é uma etapa muito importante para o indivíduo porque é a fase em que ele passa por uma adaptação progressiva ao meio físico, cujo objetivo é o equilíbrio entre o “eu” e o “outro”. Segundo Piaget (1985), “educar é adaptar o indivíduo ao meio social ambiente”. Cabe à Educação Infantil, então, propiciar essa inter-relação da criança com o mundo, de maneira lúdica e prazerosa, de forma a possibilitar que esse equilíbrio seja desenvolvido por ela e cujas conquistas refletirão por toda sua vida.
Brincar é uma atividade universal, encontrada nos vários grupos humanos, em diferentes períodos históricos e estágios de desenvolvimento econômico. É claro que as brincadeiras variam de uma época para outra e de uma cultura para outra. Há algumas brincadeiras que extrapolam os limites históricos, se perpetuando por muitas gerações, assim como os geográficos, sendo reconhecidas em diversas localizações.
A brincadeira tem uma força cultural muito grande, porque, por meio da brincadeira, a criança vai conhecer, aprender e se constituir como ser pertencente a um grupo. Dessa forma, podemos dizer que a brincadeira e o jogo são meios para a construção da identidade cultural da criança.

(Texto Fragmentado - Material Didático "Educação Infantil / Características e Singularidades)
Sistema de Ensino Portal Educação

Brinquedo - Jogo e brinquedo: Reflexões a partir da teoria crítica


A tentativa de compreender o papel do jogo e do brinquedo na formação do sujeito tem sido palco de diversas discussões nas mais variadas áreas do conhecimento. Esta temática tem interessado a educadores, psicólogos, sociólogos, antropólogos, filósofos e historiadores, dada a sua diversidade ante as novas realidades econômicas, políticas e culturais, definidoras do mundo contemporâneo e que retratam, de certa forma, o projeto de modernidade instalado a partir do Iluminismo do século XVIII.
Essas questões devem ser levadas em consideração quando se deseja realizar um estudo sobre jogo e brinquedo em qualquer cultura. Por isso, devemos estar sempre abertos e atentos a possíveis transformações que possam estar ocorrendo no contexto das relações sociais, pois essas podem interferir em mudanças de valores, de conceitos e de atitudes em relação ao jogo e ao brinquedo.
Nossa opção, para efeito deste estudo, foi iniciar com um mergulho na história dessas manifestações para buscar, a partir dela, elementos para a compreensão desse fenômeno na atualidade.
Os jogos ocuparam lugar muito importante nas mais diversas culturas. Segundo Huizinga (1996), na sociedade antiga, o trabalho não tinha o valor que lhe atribuímos há pouco mais de um século e nem ocupava tanto tempo do dia. Os jogos e os divertimentos eram um dos principais meios de que dispunha a sociedade para estreitar seus laços coletivos e se sentir unida. Isso se aplicava a quase todos os jogos, e esse papel social era evidenciado principalmente em virtude da realização das grandes festas sazonais.
O referido autor também fala em características comuns que são encontradas entre jogos e cultos ou rituais como ordem, tensão, mudança, movimento, solenidade e entusiasmo. Além disso, segundo o autor, ambos têm o poder de transferir os participantes, por um espaço de tempo, para um mundo diferente da vida cotidiana.
Adultos, jovens e crianças se misturavam em toda a atividade social, ou seja, nos divertimentos, no exercício das profissões e tarefas diárias, no domínio das armas, nas festas, cultos e rituais. O cerimonial dessas celebrações não fazia muita questão em distinguir claramente às crianças dos jovens e estes dos adultos. Até porque esses grupos sociais estavam pouco claros em suas diferenciações.
Outro fator de extrema importância a ser ressaltado nessas festas era seu caráter místico. Nas representações sagradas, principalmente nas civilizações primitivas, encontrava-se em jogo um elemento espiritual, difícil de definir, algo de invisível e inebriante ganhava uma forma real, bela e sagrada.
Conforme Huizinga (1996), os participantes do ritual estavam "certos de que o ato concretiza e efetua uma certa beatificação, faz surgir uma ordem de coisas mais elevada do que aquela em que habitualmente vivem" (p.17). Apesar de esta intenção estar restrita à duração do ritual e da festividade, acreditava-se que seus efeitos não cessariam depois de acabado o jogo; pois sua magia continuaria sendo projetada todos os dias, garantindo segurança, ordem e prosperidade para todo o grupo até a próxima época dos rituais sagrados. Todo ritual, segundo Horkheimer & Adorno (1985, p. 23), "inclui uma representação dos acontecimentos bem como do processo a ser influenciado pela magia”.
De acordo com uma velha crença chinesa, apontada por Huizinga (op. cit.), é atribuída à dança e à música a finalidade de manter o mundo em seu devido curso e obrigar a natureza a proteger o homem.
Benjamin (1984, p. 109) fala que devemos "aceitar o princípio de que os processos celestes fossem imitáveis pelos antigos, tanto individual como coletivamente, e de que esta imitabilidade contivesse prescrições para o manejo de uma semelhança preexistente”.
Sendo assim, a prosperidade de cada ano dependia de competições e rituais sagrados realizados nas grandes festas. O grupo social celebrava a mudança das estações, o crescimento e o amadurecimento das colheitas, o surgimento e o declínio dos astros, a vida e a morte dos homens e dos animais.
Essas manifestações humanas possuem características de mito, que não deixa de ser uma forma de conhecer, de diminuir o medo. Porém, o mito é cego, repetitivo, sempre igual e é reconstituído a partir do destino, segundo a Teoria Crítica.
A história dos brinquedos também é diversa do que vemos atualmente. Havia certa margem de ambigüidade em torno dos brinquedos, principalmente na sua origem. A maioria deles era compartilhada tanto por adultos quanto por crianças, tanto por meninos quanto por meninas, nas mais diversas situações do cotidiano. Conforme Benjamin (1984), muitos dos mais antigos brinquedos (a bola, o papagaio, o arco, a roda de penas) foram de certa forma impostos às crianças como objetos de culto e somente mais tarde, devido à força de imaginação das crianças, transformados em brinquedos. O autor também fala que os brinquedos, no início, não eram invenções de fabricantes especializados, pois surgiram primeiro nas oficinas de entalhadores de madeira, de fundidores de estanho, entre outros.
Por isso, no início, a venda dos brinquedos não era prerrogativa de comerciantes específicos. Segundo Benjamin (1984, p. 245), "os animais de madeira entalhada podiam ser encontrados no carpinteiro, os soldadinhos de chumbo no caldeireiro, as figuras de doce nos confeiteiros, as bonecas de cera no fabricante de velas”.
Essa forma de produção começou a desaparecer, principalmente com o inicio da especialização dos brinquedos, que passou a ocorrer no século XVIII. Com o desenvolvimento do capitalismo, o brinquedo passou a ser comercializado com fins lucrativos. A partir daí, os objetivos do brinquedo começam a se afastar da sua origem.
Nesse sentido, Benjamin (1984, p. 68) afirma que "Uma emancipação do brinquedo começa a se impor; quanto mais a industrialização avança, mais decididamente o brinquedo subtrai-se ao controle da família, tornando-se cada vez mais estranho não só às crianças, mas também aos pais”.
Se todo mito é uma tentativa de esclarecimento, toda forma de esclarecimento cada vez mais vem assumindo comportamentos mitológicos, principalmente a partir da era das luzes.
Pela crescente tendência de racionalização, principalmente das sociedades ocidentais, as características do brincar e jogar foram mudando radicalmente. O que antes era motivo de profundas relações familiares, com valores e sentidos culturais muito significativos, torna-se objeto destinado a um público-alvo, com um fim em si mesmo.
Estamos distantes daquela realidade que relatamos anteriormente. Estamos diante, atualmente, de outra configuração.
Aumentam os tipos, as formas, os objetivos, as opções de compra e doação de brinquedos. Conforme Brougère (1997) é preciso aceitar o fato de que o brinquedo está inserido em um sistema social e suporta funções sociais que lhe conferem razão de ser. Diz ainda: "Para que existam brinquedos é preciso que certos membros da sociedade dêem sentido ao fato de que se produza, distribua e se consuma brinquedos" (p. 7).
Muitos dos brinquedos são fabricados para "ensinar" comportamentos, gestos, atitudes, valores, considerados "corretos" em nossa sociedade. Por isso, a maioria deles já vem pronta, catalogada, contendo todas as instruções de uso, idade, sexo, número de participantes, tempo de duração do jogo, basta segui-las (Volpato, 1999). Como diz Santin (1990),
    Infelizmente o homem adulto, do negócio e do trabalho, acabou se aproveitando desta dimensão lúdica da criança. Explorando essa ludicidade da criança, o adulto a induz, com artifícios, a adotar os valores do adulto. A astúcia do adulto começa pela produção de brinquedos que a introduzem no mundo do trabalho e das funções do adulto. (P. 26)
Dessa forma, para garantirem a continuidade dos hábitos de sua coletividade, em nome de uma racionalidade instrumental, os pais procuram direcionar, por meio dos brinquedos e jogos, as atitudes e gestos considerados característicos para cada sexo, para cada idade, para cada situação específica. No dizer de Horkheimer & Adorno (1985, p. 116), "o fornecimento ao público de uma hierarquia de qualidades serve apenas para uma quantificação ainda mais completa”.
Para Brougère (1997, p. 63), o brinquedo é a "materialização de um projeto adulto destinado às crianças (portanto vetor cultural e social) e que tais objetos são reconhecidos como propriedade da criança, oferecendo-lhe a possibilidade de usá-los conforme a sua vontade, no âmbito de um controle adulto limitado". Ou, como diz Benjamin (1984, p. 14), "de uma maneira geral, os brinquedos documentam como os adultos se colocam com relação ao mundo da criança”.
Como vimos, muita coisa foi transformada e está continuamente se transformando em nossas vidas, dada a diversidade dos avanços tecnológicos e científicos e do controle da técnica da indústria cultural, com os quais estamos constantemente nos relacionando, diretamente ou não, tendo consciência ou não. Conforme Piacentini (1994, p. 13),
    Nós latino-americanos somos bombardeados cotidianamente pelo pensamento europeu, como precursor da modernidade, e pelo pensamento do Primeiro Mundo econômico-cultural como um todo, destacando o norte-americano, como sintomas do que ocorre ao redor e (por que não arriscar?) dentro de nós.
A autora ainda fala que a realidade tipicamente moderna é assim, uma sociedade de consumo que procura adaptar os indivíduos ao formidável mundo novo da violência, da massificação e do automatismo. E esses comportamentos começam a ser apreendidos como naturais desde muito cedo, ou seja, na infância. Por isso, um olhar à esfera do "semelhante", como nos diz Benjamin (1985), é de fundamental importância para que possamos compreender as diferentes dimensões e razões do saber chamado "oculto". Segundo o autor, esse olhar deve estar voltado principalmente para a reprodução dos processos que engendram tais semelhanças, porém, não perdendo a dimensão de que é o homem quem produz a semelhança, por meio de uma faculdade chamada, não só pelos autores da Teoria Crítica, mimética.
Para Benjamin (op. cit.), essa faculdade humana se constrói na infância, principalmente nos espaços das brincadeiras e dos jogos, que são impregnados de comportamentos miméticos que vão além da imitação de pessoas. Nesse sentido, a capacidade mimética cumpre um importante papel na formação do sujeito, pois é na educação infantil que as crianças se apropriam dos elementos culturais dos adultos, internalizando, reproduzindo e reinventando gestos, modos de andar, de falar, de sentir, de ser. Porém "as crianças não apenas imitam os outros, mas representam e reelaboram o mundo, desenvolvendo com isso, ao brincarem, uma forma de conhecimento não-conceitual" (Vaz, 2000, p. 3).
Os jogos infantis, como nos aponta Benjamin (1985), são impregnados de comportamentos miméticos, que não se limitam de modo algum à imitação de pessoas, pois as crianças não brincam apenas de ser comerciante ou professor, mas também de moinho-de-vento e trem.
No texto "O narrador", Benjamin (1985) discute a importância da experiência vivida para que uma história (ou estória) possa ser narrada. Fala também na riqueza das expressões faciais e gestuais que envolvem o ato de contar uma história. Essas características também podem se fazer presentes ao se narrar um conto de fadas, pois o que atrai muito as crianças são as diferentes expressões corporais representadas pelo narrador, as alternâncias na tonalidade, altura e timbre de voz. Quanto mais real for a representação (mesmo que esteja distante da realidade dita "objetiva"), menor a possibilidades de a criança fazer separação entre fantasia e realidade, imaginação e fato. O que a criança faz nestes momentos é deixar-se impregnar pelo que está sendo dito, expressado, "vivenciado". Esta é uma característica da mímesis.

Gildo Volpato*
www.portaleducacao.com.br

domingo, 20 de junho de 2010

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!

DEUS - CIDADÃO DE MACEIÓ


Quando Deus criou o mundo
E resolveu descansar
Veio para Maceió
E não queria voltar


Fez aqui seu paraíso
Deu-lhe um lindo céu de anil
Transformou nossas lagoas
Nas mais lindas do Brasil


Criou nelas nove ilhas
E um viçoso manguezal
fez praias de areias alvas
De Ipioca ao Pontal


Fez um mar esverdeado
Um luar encantador
Um coqueiral verdejante
E um povo de valor


Foi até nossos mirantes
Viu praias e o coqueiral
Ficou dizendo baixinho:
"Eu nunca vi coisa igual!"


Ele muito se orgulhava
Das coisas boas que fez
E citava Maceió
Onde passou mais de um mês


Gostou muito de peixada
De camarão e pitú
De caranguejo e siri
de lagosta e sururu


Tomou banho em Pajuçara
Encontrou-se com a beleza
E chamava a linda praia
Pupila da natureza


Nos domingos ensolarados
Nas piscinas naturais
Deus passava o dia inteiro
E não esquece jamais


Acordava bem cedinho
Na Jatiúca ia andar
Na Manguaba e Mundaú
Ele adorava pescar


Andou de lancha e jangada
E num veloz jet-sky
E disse para Adão e Eva:
"Vou deixar vocês aqui!"

Ao terminar seu descanso
E aproveitar do melhor
DEUS se auto intitulou:
CIDADÃO DE MACEIÓ.


Autor: José Arnaldo Lisboa Martins