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segunda-feira, 26 de julho de 2010

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INTERDISCIPLINARIDADE

      A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, sem substituí-los, oferecendo aos seus alunos os serviços, recursos e estratégias de acessibilidade ao ambiente e aos conhecimentos escolares.
     A Política nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, lançada em 2008, pelo Ministério da Educação, define a educação especial como complementar ou suplementar á formação do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação e traz uma inovação: o atendimento educacional especializado (AEE) como um dos serviços de educação especial que “identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas (SEEP/MEC,2008).”
      O AEE, como serviço da educação especial, faz uso da Tecnologia Assistiva (TA) que “é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à participação, de pessoas com deficência, incapacidade ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social”. (COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS, CORDE, 2007).
ATA, aplicada à educação, contemplada a adequação do material escolar; a adequação da estrutura física da escola ; as formas específicas de comunicação; o acesso alternativo ao conteúdo escrito ao gráfico; os recursos que favorecem a produção de escrita; os jogos acessíveis; os recursos para autonomia durante a recreação, alimentação, autocuidado; a informática acessível: adequação do mobiliário escolar; os recursos de mobilidade; o acesso às tecnologias de informação e comunicação, entre outros.
O professor da educação especial que atua no AEE deverá, a partir do reconhecimento de uma demanda, estabelecer uma rede interdisciplinar a fim de promover, por meio da TA, a resolução do problema funcional e de participação do aluno.
São vários os profissionais envolvidos em um serviço de TA com suas atribuições definidas:

a) Professor da escola comum: expõe os objetivos educacionais e identifica as demandas de TA no cotidiano escolar.
b) Professor do AEE: identifica necessidade e habilidades do aluno, avalia o ambiente escolar e elabora seu plano de atuação para implementação da TA.
c) Fisioterapeuta: orienta quanto à mobilidade, adequação postural, posicionamento de aluno e materiais. Faz a especificação de medidas e características da cadeira de rodas.
d) Terapeuta Ocupacional: produz recursos para autonomia em atividades do cotidiano (alimentação, higiene, materiais escolares personalizados) e para adequação postural
e) Fonoaudiólogo: presta orientações sobre a alimentação, comunicação e desenvolvimento de linguagem.
f) Psicólogo: apóia a família, equipe e aluno.
g) Arquiteto: desenvolve projetos arquitetônicos e de mobiliário acessíveis.
h) Engenheiro: desenvolve produtos de TA.
i) Profissionais da informática: desenvolve programas educacionais com acessibilidade.

      Além de contar com a equipe interdisciplinar, o serviço de TA deverá envolver o aluno em todo o processo de definição sobre a melhor alternativa de recursos, ou seja, o aluno deverá apresentar a necessidade, mostrar suas habilidades e dificuldades, experimentar as opções em TA e fazer a escolha da melhor tecnologia.

Rosângela Machado
Revista aprendizagem
Ano 3 nº 14/2009

sexta-feira, 23 de julho de 2010

INCLUSÃO


COMO ESTABELECER COMUNICAÇÃO COM UM ALUNO QUE NÃO FALA E NÃO ESCREVE DEVIDO SUA DEFICIÊNCIA FÍSICA?

     Quando pensamos no termo “acessibilidade” o que nos vem logo à mente são as obras e serviços de adequação dos edifícios e do espaço urbano. Porém, acessibilidade não significa apenas permitir que pessoas com deficiências possam se locomover pelos espaços. Pensar em acessibilidade é garantir a inclusão de todos em qualquer ambiente, atividade ou uso de recurso. Quando falamos na inclusão do aluno com deficiência sem fala articulada, precisamos pensar em acessibilidade comunicativa, ou seja, como ele irá expressar seus desejos, questionamentos, entendimentos e sentimentos.
     De acordo com os autores Church e Glennen, a Comunicação Alternativa/Ampliada(CAA) é uma das modalidades da Tecnologia Assistiva que atende pessoas sem fala ou escrita funcional.  Busca , por meio da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios, ampliar sua via de expresssão e compreensão. O conhecimento sobre recursos e estratégias específicas de CAA que apóiam alunos e professores na inclusão ainda é muito recente, porém extremamente relevante. Justifica-se, dessa forma, a necessidade da aproximação do professor com esse conhecimento que tanto irá auxiliá-lo  na sua prática. Alguns exemplos desses recursos são as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica, fotografias, letras ou palavras escritas, que são utilizadas pelo usuário da CAA para se expressar. Também envolve o uso de gestos, expressões faciais, objetos tridimensionais, computadores adaptados e softwares específicos. Quando falamos dos usuários de CAA, referimo-nos, principalmente a pessoas com deficiência física, mental e ou múltipla. Os profissionais da área da reabilitação e educação também usam CAA, só que como instrumento para sua atividade profissional no atendimento a essas pessoas.
     Portanto, falar em acessibilidade comunicativa na prática pedagógica é pensar na CAA como resposta para vários questionamentos que surgem no dia –a –dia do professor  que recebe esse aluno( ex. Como avaliá-lo? Como será a comunicação dele com o professor e os colegas?)
A escolha pelo uso do recurso de CAA pode afetar significativamente a vida desse aluno, que passará da passividade para a atividade dentro da sala de aula, capaz de vencer barreiras e compensar as suas limitações funcionais.

Carolina Rizzotto Schirmer
Revista Aprendizagem
Ano 2 nº 8/outubro 2008

quarta-feira, 7 de julho de 2010

POEMAS QUE GOSTO!!!

Saudades!!!!


Palavra composta de quatro vogais e quatro consoantes, que quer dizer tudo e não diz nada.

Na saudade está o silêncio... será que se escreve saudades com S de silêncio?

Quem inventou está palavra?

Será que sabia quantos sentimentos existia neste conjunto de letras?

Por que não vontade louca de saber de ter de ver?

Por que não medo, insegurança, incerteza?

Por que não desejo de voltar....?

Será que o A de saudades é o A de Até breve?

Será que saudade é para rimar com felicidade?

Não!!!, Saudade rima com dor..., se rimar com felicidade seria a de reencontrar, mas aí já não é saudade, aí vira realidade...

E o U da saudade?

Será de ultimamente?

Será de únicamente?

Ou será um U de um urro de dor?

Saudades!!!!!!!

Palavra pequena para transmitir tantos sentimentos.

Não descreve nosso amanhecer sem você.

Não descreve as horas das refeições, nem daquele gostoso papos de fim de noite.

Não descreve tua cama vazia, nem meus sonhos em conflitos.

E o D da saudade?

Será de quanto em quanto tempo?

Será que por isto ele se repete?

Ou será o D do Dedo de Deus?

Mas que palavra é essa, que não descreve nada!!!!!

Não fala em afago, em carinho, em você

Não reflete teu rosto, nem teu sorriso bonito, com tuas covinhas na face que o fazia mais doce, mais perfeito.

E o E da saudades?

Será de estar junto?

Será de esperança?

Ou será de eu te amo?

Saudades, palavra tão pequena... mas poderia ter um acróstico, que cada vogal ou consoante teriam infinitas explicações, descreveria infinitos sentimentos, que molhariam lenços e fronhas....

Saudades!!!!!

Será de novo o S do silêncio?

Ou o S de sofrer?

Ou o S de Será?

Será que a palavra saudades, esta relacionada com sonhar?

Será que significa voltar?

Ou saudades é um eterno esperar........

Fernanda Queiroz

HOUVE...

Houve


Houve um dia que nos conhecemos

Houve…

olhares

sorriso

acaso

Houve um dia em que caminhamos

Houve…

passos

vida

cansaço

Houve um dia que nos reencontramos

Houve…

nós

poesia

promessas

Houve um dia que houve um tempo

Houve…

horas

minutos

segundos

Houve um dia que nos aproximamos mais

Houve…

sonhos

desejos

esperanças

Houve um dia em que fomos felizes]

Houve…

palavras

alegrias

paixão

Houve um dia em que brigamos

Houve…

choro

tristeza

desencanto

Houve um dia que termimamos

Houve..

ilusão

memória

saudades…

não houve mais…

horas

minutos

segundos

Houve sim…

Houve um dia em que destruímos

o que havia de mais bonito em nós…

(Cristiane Souza Gomes)

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR




Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

Saudade...




Saudade




Saudade é solidão acompanhada,

é quando o amor ainda não foi embora,

mas o amado já...


Saudade é amar um passado que ainda não passou,

é recusar um presente que nos machuca,

é não ver o futuro que nos convida...


Saudade é sentir que existe o que não existe mais...


Saudade é o inferno dos que perderam,

é a dor dos que ficaram para trás,

é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:

aquela que nunca amou.


E esse é o maior dos sofrimentos:

não ter por quem sentir saudades,

passar pela vida e não viver.


O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda