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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

GESTÃO EDUCACIONAL

Gestão Educacional:
Algumas Considerações



Quando se fala em gestão escolar ou educacional, em geral nos vem à lembrança os modelos administrativos. Quase que de imediato nos lembramos de expressões ou conceitos como: gestão participativa, autonomia escolar, flexibilização da gestão. E tudo isso nos leva à algumas indagações como: Por que nosso sistema escolar ainda enfrenta problemas tanto gestionários como didático-pedagógicos? A causa do baixo rendimento escolar de nossos alunos se explica a partir dos modelos administrativos? Planejando, avaliando e recebendo apoio financeiro as escolas conseguirão resolver seus problemas? Ou direcionar dinheiro às escolas é só mais uma forma de mascarar o verdadeiro problema? Qual seria, então esse problema?

Olhando para a história constatamos que, principalmente a partir da década de 1970, começou-se a refletir sobre a administração escolar e sobre o papel do diretor. "Ao observar que não é possível para o diretor solucionar sozinho todos os problemas e questões relativos à sua escola, adotaram a abordagem participativa fundada no princípio de que, para a organização ter sucesso, é necessário que os diretores busquem o conhecimento específico e a experiência dos seus companheiros de trabalho". (LÜCK, 2000, p.19). E a autora afirma em seguida que as teorias da gestão escolar podem ser divididas a partir de duas bases: uma psicológica e outra social. As de base psicológica podem ser consideradas como de "modelo cognitivo" e "modelo afetivo"; as teorias de base social partem do "modelo de democracia" e do "modelo da consciência política".

Também é verdade que já houve tempo em que as escolas podiam ser consideradas reflexos do sistema autoritário de governo. Isso mudou, principalmente a partir da atual legislação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) que menciona a preferência pelo modelo democrático e participativo da administração escolar. O artigo terceiro, inciso VIII da LDB, sobre os princípios do ensino no Brasil fala na: "gestão democrática do ensino público". Essa gestão democrática, como prevê o artigo 14, deve ter por base a participação tanto dos profissionais da educação, como da comunidade. E a LDB diz mais. No artigo 15 podemos ler: "Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira"

Do ponto de vista legal, portanto, estão completamente superados eventuais vestígios de autoritarismo.

Nossa questão, portanto é: como se efetivará a gestão democrática? Qual sua relação com o planejamento, o financiamento e a avaliação?

Começamos dizendo que deste ponto de vista a gestão escolar ou educacional pode ser entendida como o caminho, o modelo e as posturas envolvidas e desenvolvidas para gerir o sistema escolar ou as escolas. Para essa gestão é que a lei prevê a necessidade de ser democrática com crescente autonomia. Trata-se portanto de um movimento de alteração das relações de poder, do papel do Estado e dos atores sociais. Embora esteja falando a partir do modelo português, o que diz João Barroso, aplica-se à nossa realidade: "essa alteração vai no sentido de transferir poderes e funções do nível nacional e regional para o nível local, reconhecendo a escola como um lugar central de gestão e a comunidade local (em particular os pais e alunos) como um parceiro essencial na tomada de decisões" (BARROSO, 2003, p. 13)

Isso nos leva a mais uma indagação: em que consiste essa autonomia?

O sistema de ensino público, mesmo concedendo autonomia às instituições escolares, ainda mantém a supremacia legislativa e normativa: é o poder público que contrata e mantém os professores e demais funcionários das escolas; o dinheiro aplicado nas escolas vem do poder público. Mesmo no ensino superior, em instituições que mantêm fundações ou outras instituições para captação de recursos, o poder público mantém a normatização de funcionamento, além do quadro funcional. Na iniciativa privada não é diferente: o poder publico mantém constante e severa vigilância. Portanto a autonomia não é absoluta, pois acima das instituições de ensino permanecem as instituições do Estado. Neste caso para que aconteça a autonomia ela precisa ser construída mediante sintonia de interesses e pela crescente possibilidade de diálogo entre o poder público, a sociedade civil e a comunidade escolar. A gestão democrática e participativa se constrói, portanto, pela sintonia desses três vértices do triângulo dos interessados.

Neste caso nem a gestão democrática é algo pronto, nem a autonomia um ponto de chegada e definitivo. Mas se trata de um processo construído no cotidiano das ações.

Mas existe um outro lado da autonomia que pode soar um pouco mais problemático. Por que o poder público, ou o Estado, alimenta a gestão democrática? Por que quem detém o poder estaria abrindo mão dele?

É o mesmo João Barroso quem nos responde a partir de uma breve análise do conceito de "territorialização" e da autonomia consentida. A territorialização consiste numa diversidade de processos que "vão no sentido de valorizar os poderes periféricos, a mobilização dos actores e a contextualização da acção política". (2003, p. 14). E o autor continua, dizendo que: esse processo "tem por pano de fundo um conflito de legitimidade entre o Estado e a sociedade, entre o público e o privado, entre o interesse comum e os interesses individuais, entre o central e o local" (2003, p. 14).

Dentro desse processo, diz esse autor, podem existir mecanismos promovendo uma espécie de privatização da escola pública; ou uma forma do poder central transferir para as periferias os problemas aos quais não sabe ou não pode resolver; pode manifestar-se, também, como mecanismo de controle indireto. São efetivamente riscos que se corre, e que são previsíveis dentro da ideologia ou do modelo de um Estado que se assente no neoliberalismo. Mas, ao mesmo tempo, pode-se ver nesse processo o resultado de mobilizações de atores sociais locais, apropriando-se de espaços antes controlados exclusivamente pelo poder central. Em outras palavras, o que se percebe é a permanência dos conflitos, mas agora não de forma explosiva e sim dialogada, democratizada... não se pode dizer que as novas tendências de gestão superam os conflitos e contradições da sociedade capitalista, mas que abre espaço para o diálogo, acenando para uma perspectiva democrática do universo educacional. E com isso voltamos à afirmação da democratização do ambiente educacional.

Agora se pode perguntar: esse processo de democratização e de ampliação da autonomia educativa é positivo ou problemático para a sociedade? A reposta vai depender da análise do fenômeno, respondendo a estas indagações: trata-se de uma forma de transferir problemas insolúveis para a comunidade? Ou trata-se de um avanço da mobilização dos atores sociais?

O que podemos observar, concretamente é que, a partir de um processo de gestão democrática, a comunidade escolar – particularmente os gestores – é levada a melhor planejar o cotidiano escolar. Planejamento não só das ações pedagógicas, mas também dos processos financeiros e das relações com os pais e alunos. Dentro desse processo a escola tem condições de ultrapassar seus próprios muros.

Também se pode dizer que a partir dessa perspectiva o Estado, por meio de vários programas, direciona dinheiro para as escolas – e aqui estamos pensando, especificamente,nas escolas públicas estaduais. Esse dinheiro é administrado não somente pelo diretor e demais funcionários das escolas, mas por uma equipe gestora da qual também participam pais e alunos – essa equipe, recebe diferentes denominações: APP, APM, Caixa Escolar.... O processo participativo ocorre, não só pela recepção e distribuição do dinheiro, mas num processo anterior, quando pais, alunos e membros da escola opinam sobre como e onde deve ser aplicado o dinheiro que virá. Portanto, a previsão, o planejamento, é anterior à remessa. O dinheiro chega às escola, sim, mas a partir de planejamento.

Estamos, pois, diante de um novo modelo gestionário da ação escolar. Um modelo que democratiza a participação, que demanda planejamento, que, a partir do planejamento, consegue gerir e aplicar a verba destinada à escola. Podemos, inclusive, admitir que haja menor risco de desvio de verbas, o que seria assunto para outra discussão, evidentemente. Também podemos admitir que esse modelo pode ser um mecanismo que esteja ocultando a incapacidade ou a má vontade do centro do poder; pode ser uma manifestação da manipulação exercida sobre os atores sociais. Mas também pode ser mais uma conquista da mobilização social. E, talvez, havendo mais mobilização, haja mais conquistas...

Prof. Ms Neri P. Carneiro(Filósofo, Teólogo, Historiador

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sem te conhecer...


Para alguém que ainda não conheço.

 Como já se pode amar uma pessoa sem a conhecer? Não sei a cor dos teus olhos, a cor do teu cabelo, não conheço o teu sorriso, o teu choro... Mas já era capaz de dar a vida por ti... Considero-te uma soma de duas partes: uma parte minha e outra do teu pai, a multiplicação de um amor, a divisão de carinho e uma diminuição do vazio que se sente em casa e no quarto que irá ser teu... Tu vens completar esse vazio no quarto, nos nossos corações, nas nossas vidas...
na minha vida...
Precisamos de ti para crescer, para ter algum medo do dia seguinte e para descobrir o que é dividir o amor que sentimos um pelo outro, por ti...


(Achei na net, quem souber o autor, por favor, ajude-me a dar os créditos) ••.

Recomeçar (Volver a comenzar) Tânia Mara -

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Charles Chaplin

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!

SHEAKESPEARE

 Para refletir...


Depois de algum tempo você percebe a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas  simplesmente não se importam...
E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-lae que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não te ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.