Pesquisar este blog

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A importância dos contos de fadas




A importância dos contos de fadas na educação infantil


Os contos de fadas são fundamentais para a formação da personalidade da criança.

Num mundo em constante movimento, os contos oferecem uma estrutura intacta que se transmite de pai para filho no decorrer dos séculos.

Essa estrutura das histórias que começa com “Era uma vez” e termina com “ e foram felizes para sempre” transmite á criança grande segurança emocional.

Segundo a professora de psicologia da educação da PUC, Neide Saisi, respondem às necessidades, angústias, medos da criança e, de forma inconsciente explicam a realidade.

De acordo com Piaget, as crianças adquirem valores morais não só por internalizá-los ou observá-los de fora, mas por construí-los interiormente através da interação com o meio ambiente. Nesta fase, ouvir histórias (principalmente os contos), entre outras atividades, é possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem.

Os contos de fada possibilitam a formação da criança quando ela tenta elaborar dentro de si seus medos, inseguranças, raivas, rivalidades, inferioridades e outros sentimentos.

Ela percebe, dentre outras coisas, que a realidade pode ser transformada e que depende de sua atitude e sua coragem a resolução de conflitos.

Portanto, ao ler ou contar um conto de fadas na sala de aula, a professora contribui para o desenvolvimento da atenção, imaginação, criatividade, afetividade e desenvolvimento intelectual de seus alunos, além de ser importante instrumento de alfabetização.



(BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2004.)
redeeducacaoemfoco.blogspot.com.br (Anne Lieri)

PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES COM O ATO EDUCATIVO



Quando se fala ensino-aprendizagem, se expressa um processo, que está intimamente vinculado ao ato de ensinar e ao ato de aprender. De um lado quem ensina, do outro quem aprende. Vários teóricos estudaram e ainda estudam os processos, que caracterizam o ensino-aprendizagem. Escreveram livros e mais livros tentando explicar este fenômeno, sempre procurando descortinar novas teorias e novos caminhos para melhor compreendê-lo.         Pode-se questionar. O que é ensinar? O que é aprender? Neste contexto não se pretende esgotar tal fenômeno, porém suscitar curiosidades, questionamentos em torno do assunto. Gostaria, todavia de explicitar o pensamento de maneira sintética sobre o tema. Ensinar compreende-se como o processo vivenciado por um professor, aquele que domina com a sua experiência - teórica e prática, uma determinada área do conhecimento e tem toda responsabilidade de motivar e incentivar e incentivar o processo de aprendizagem. Aprender entende-se que é processo pelo qual o indivíduo aprende e apreende um conhecimento ou uma habilidade. Considera-se, ainda, neste processo a base psicológica e biológica, onde  ele assenta-se. O sujeito durante o ciclo vital tem o momento psicológico e biológico, que lhe torna ou faz capaz de condicioná-lo a um determinado nível de aprendizado.         Os professores devem estar atentos para o processo ensino-aprendizagem colocando-se no seu contexto como um sujeito catalisador da reação do desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Este processo pedagógico, não ocorre isoladamente, contempla dimensões: sócio-políticos, humanas e técnicas, que extrapolam o seu próprio âmbito, uma vez que, não se limita apenas, aquele momento exclusivamente ocorrido em sala de aula, entre professor e aluno. Vai muito além desta relação, alcançando e fazendo presente a ele, a realidade social histórica, concreta e localizada dos sujeitos envolvidos na ação pedagógica,que se pretende realizar. Os estudiosos da educação costumam separar, como se observa, o professor com suas funções, do aluno, aprendiz, com suas tarefas e obrigações, como se eles fossem distintos ou diferentes e não pertencessem ao mesmo momento pedagógico; todavia se constata na prática, que não existe esta dicotomia, mas sim, uma ação única integrada, holística, onde não há divisas de partes e seguimentos isolados, porém a síntese de um processo ensino aprendizagem globalizante.         Portanto, o processo ensino aprendizagem diante desta visão aqui exposta, apresenta três dimensões bem nítidas: Social-Política, Humana e Técnica. Cada uma desta dimensão não está compartimentalizada uma da outra, porém numa constante interação, participando do mesmo fenômeno, coexistindo no mesmo momento. A postura docente, o como ensinar, o como o professor relacionar-se pedagogicamente com seus alunos, são nestes comportamentos adotados e transparentes onde estão entrelaçadas todas as dimensões do processo ensino aprendizagem, quando se pode identificar claramente, em que tendência pedagógica encontra-se o professor inserido. Diversos estudiosos da educação, através da história e hoje, procuram com suas teorias cada vez mais, identificarem as ações e posturas pedagógicas dos professores no cotidiano de sala de aula e de acordo com a ideologia predominante no processo ensino aprendizagem, desenvolvido por eles, caracterizam-no pedagogicamente, de liberal ou progressista.         Feita esta alusão sobre o processo ensino aprendizagem, indaga-se: O que seria o ato educativo neste contexto? Esta resposta daria livros e mais livros, pois o ato educativo não se relaciona  somente  ao processo ensino aprendizagem em si, realizado comumente pelas instituições de ensino, mas ultrapassa hospedagem de sites ilimitada as fronteiras do formal de sala de aula e de suas quatro paredes, indo interferir na realidade social, concreta e contextualizada dos sujeitos, participantes dele.         Dermeval Saviani nos diz que no ato educativo seus sujeitos sociais, professor, aluno e sociedade participam dele, cada um assumindo um papel relevante, sem que seja possível verificar onde termina e enceta-se a ação do outro. Para melhor compreensão didática, se escreve separadamente. Vejamos: Professor, no ato educativo será aquele que detém mais experiência para iniciar o processo pedagógico como também é capaz de aliar a sua prática social a prática pedagógica. O aluno é aquele que no início do ato educativo detém menor experiência, porém terá potencial para alcançar o professor e até superá-lo. A sociedade é o "locus" em que acontecem todas as relações sociais e deverá ocorrer a verdadeira intervenção provocada pelo processo educativo.         O ato educativo, conforme Saviani possui cinco (5) passos. São eles: O primeiro será a PRÁTICA SOCIAL, onde se inicia o ato educativo e sujeitos sociais estabelecem suas relações. Os sujeitos refletem sua maneira de sentir, pensar e agir na sociedade de acordo com as relações sociais que estabelecem e ainda, conforme se inserem no modo de produção desta sociedade a que pertencem. Isto determina sua maneira de interferir sobre sua realidade. O segundo passo é chamado de PROBLEMATIZAÇÃO, aqui os sujeitos tomam consciência dos problemas existentes, verificam as carências e as prioridades a serem estabelecidas. Descortinam sua realidade. O terceiro passo é INSTRUMENTALIZAÇÃO, de posse do conhecimento da realidade percebe-se que tipos de conteúdos, métodos e técnicas dominar para, interferir na problemática da realidade levantada. O quarto momento é denominado de CATARSE. È a culminância do ato educativo, ele ocorre, quando os sujeitos envolvidos no processo educativo conseguem através daquela apropriação do saber aprendido e apreendido no processo, interferir e multiplicar o ato educativo em sua realidade transformando-a. O quinto momento é a PRÁTICA SOCIAL,  o que foi o ponto de partida terá  que ser o ponto de chegada, todavia a prática, aqui descrita  não é a prática pela prática, mas sim a prática enquanto "PRAXIS", portanto a realidade dos sujeitos sociais  do ato educativo não é mais a mesma, porque há, no concreto, uma transformação social nas relações, que os sujeitos estabelecem no seu meio, conseguindo modificà-lo.         Concluindo, constata-se, pelo que foi dito, que nem todo processo de ensino aprendizagem  constitui-se em um pleno e verdadeiro ato educativo. O processo de ensino-aprendizagem pode converter-se em um mero instrumento de acomodação do sujeito que aprende, ao seu ambiente social, político e técnico, sem, no entanto intervir na realidade contextual existente. O ato educativo, como preconiza Dermeval Saviani, ao qual pensamento concorda-se e acosta-se o nosso, ao contrário, leva necessariamente a uma transformação das relações sociais dos sujeitos participantes do ato educativo, pela interferência que seus reflexos provocam em uma sociedade. Nesta compreensão, o ato educativo, tem sua ótica não só voltada para a formação, mas, sobretudo também, intenciona construir o homem integral radical.     
                                             
 BIBLIOGRAFIA LIBANÊO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. A pedagogia crético-social dos conteúdos São Paulo - Brasil: Ed. Loyola. 2005. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Col. Polêmicas do Nosso Tempo. 2ª ed. São Paulo-2000 KUETHE, James L. O Processo Ensino Aprendizagem. Porto Alegre: Ed. Globo, 2000.