Déficit
de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos problemas mais comuns na infância,
que continua até a adolescência e vida adulta. Os sintomas incluem dificuldade
em permanecer focado e prestar atenção, dificuldade em controlar o
comportamento e hiperatividade.
Existem
três subtipos de TDAH: 1) Predominantemente hiperativo-impulsivo; 2)
Predominantemente desatento; 3) Combinado hiperativo-impulsivo e desatento. A
maioria das crianças têm o tipo combinado de TDAH.
O
tratamento pode aliviar muito os sintomas do transtorno, mas não há cura. Com o
tratamento, a maioria das pessoas com TDAH pode ser bem sucedido na escola e
levar uma vida produtiva. Pesquisadores estão desenvolvendo tratamentos e
intervenções usando novas ferramentas como imagens do cérebro para entender
melhor o TDAH e encontrar formas mais eficazes de tratar e prevenir.
om o
início das aulas, a Plenamente gostaria de dar algumas dicas para professores
de como lidar com crianças portadoras de TDAH. Sabemos que apesar deste
diagnóstico estar cada vez mais conhecido, os professores ainda precisa de
ajuda com seus alunos na ESCOLA, local onde os problemas principais acontecem!
- Evite
colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles
devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de
costas para ela;
- Faça
com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm
dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;
-
Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros
estímulos;
-
Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;
- Não
fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
- Intercale
atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o
mesmo tipo de tarefa em um só período;
- Repita
ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las,
certificando-se de que ele entendeu;
- Procure
dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas
longas e reuniões;
- Permita
movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o
quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada
e recuperar o autocontrole;
- Esteja
sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares,
mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as
anotações;
- O aluno
deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua autoestima.
Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
-
Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor
para cada oito alunos é indicado;
- Coloque
a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na
parte de fora do grupo;
-
Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de
maneira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma
atitude;
- Nunca provoque
constrangimento ou menospreze o aluno;
-
Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça
oportunidades sociais. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores
resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos
pequenos;
- Adapte
suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e
inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de
atenção muito curto, não espere que se concentre em apenas uma tarefa durante
todo o período da aula;
-
Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da
comunidade. Avaliação frequente sobre o impacto do comportamento da criança
sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante;
- Coloque
limites claros e objetivos; tenha uma atitude disciplinar equilibrada e
proporcione avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a
desenvolver um comportamento adequado;
-
Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma toda, como
exercícios de alongamento ou isométricos;
- Repare
se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser
um sinal de dificuldades: de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção
adicional.
-
Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som,
visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto,
quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos,
movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente precisará de tempo
extra para completar sua tarefa.
- Não
seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e modifique o programa da
criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do
que realmente quer fazer, traz ressentimento e frustração.
-
Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele
é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
Maria Alice Fontes
Bibliografia
National Institute of
Mental Health
http://www.nimh.nih.gov/health/publications/attention-deficit-hyperactivity-disorder/complete-index.shtml
ANDRADE,
Ênio Roberto de. Indisciplinado ou hiperativo. Nova Escola, São Paulo, n. 132,
p. 30-32, maio 2000.
GENTILE,
Paola. Indisciplinado ou hiperativo. Nova Escola, São Paulo, n. 132, p. 30-32,
maio. 2000.
GOLDSTEIN,
Sam. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. São
Paulo: Papirus, 1998. 246 p.
RIZZO,
Gilda. Educação Pré-Escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1985. 344
p.
Nenhum comentário:
Postar um comentário