Pegando carona no livro de Rubem
Alves “Histórias de quem gosta de ensinar” gostaria de trazer uma reflexão
sobre nossas escolas.
As escolas veem a criança como um ser
inútil, que nada produz e, deve ser educada para “ser alguma coisa na vida”,
ser produtiva para a sociedade.
Desde antes do nascimento, muitos
pais colocam seus filhos na lista de espera da escola mais famosa, que garante
uma “educação de qualidade”, um excelente desempenho no vestibular e a vaga na
melhor Universidade.
Não façam isso com seus filhos!
Nem sempre o que a sociedade valoriza
é o melhor para as crianças. Precisamos mudar a mentalidade de que apenas se
nossos filhos forem “doutores” serão bem sucedidos na vida.
Nossa educação forma mecânicos,
pequenos robôs. O mecânico é aquele que pensa que tudo está bem e basta trocar
uma peça para voltar a funcionar. É um ser que tem as asas da imaginação
cortadas.
Cada vez mais precisamos de
indivíduos criadores, que olhem a sociedade e percebam que tudo está errado e é
necessário recomeçar. A partir daí, inventem novos caminhos nunca antes
mapeados, se arrisquem sem medo, pois só assim as mudanças acontecem
verdadeiramente.
As escolas que enxergam a criança
como um ser completo, são as melhores. Podem não ser as mais famosas, mas tem a
preocupação de ouvir os alunos, saber o que gostam, onde vivem, o que sentem e
pensam.
Não consideram as pessoas pela sua
utilidade no meio social, mas como indivíduos pensadores e criativos que são.
As escolas que vivem o tempo
presente, buscando um aprendizado que faça felizes as crianças, estão no
caminho certo.
Não aceite uma educação que coloque
seus filhos numa caixinha, enquadrando-os e tolhendo sua liberdade de
expressão.
Mais do que colocar o “Xis” na
resposta certa, as boas escolas sabem que não ensinam, apenas oferecem opções
para um futuro de realização pessoal e felicidade. São nessas, que podemos
acreditar.
Antes de escolher uma escola para
colocar seus filhos (seja na rede pública ou privada) verifique antes se eles
gostam de crianças. Isso é fundamental!
(Ana Lieri)
Nenhum comentário:
Postar um comentário