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domingo, 30 de maio de 2010

A GLOBALIZAÇÃO E OS SABERES DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS


Os avanços científicos e tecnológicos e a globalização econômica são fatores que vem repercutindo na educação. As reformas educativas são inevitáveis frente a essa realidade, principalmente por causa dos avanços científicos e tecnológicos que já vem alterando as práticas de produção e as condições de vida e de trabalho em todos os setores da atividade humana. As reformas educativas apontam para mudanças na formação de professores, na gestão educacional, na reorganização curricular e na avaliação institucional. Estamos diante de um grande desafio. O princípio educativo que determinou o projeto pedagógico da educação escolar para atender a uma divisão social e técnica do trabalho, marcada pela clara definição de fronteiras entre as ações intelectuais e instrumentais em decorrência de relações de classe bem definidas que determinavam as funções a serem exercidas por dirigentes e trabalhadores no mundo da produção e que deu origem as tendências pedagógicas conservadoras, vem sendo substituído por um outro projeto pedagógico determinado pelo trabalho industrial moderno.
As tendências pedagógicas conservadoras que atendiam as demandas de uma sociedade cujo o modo dominante de produção era alicerçada numa tecnologia de base rígida e relativamente estável, exigia uma formação escolar centrada ora em conteúdos, ora nas atividades mas nunca comprometida com o estabelecimento de uma relação entre o aluno e o conhecimento, que verdadeiramente integrasse conteúdo e método, de modo a propiciar o domínio intelectual das práticas sociais e produtivas. A memorização de conhecimentos e a repetição de procedimentos atendia a necessidade do mundo do trabalho e da vida social. A escola para realizar esse tipo de trabalho se organizava de forma hierarquizada e centralizada, para assegurar o pré-disciplinamento necessário à vida social e produtiva.
A globalização da economia e a reestruturação produtiva, transformam de forma radical esta situação. Novos princípios científicos dão origem a novos materiais e equipamentos; os processos de trabalho de base rígida vão sendo substituídos pelos de base flexível. Surge um novo tipo de profissional para todos os setores da economia. Esse profissional deve ser dotado de uma capacidade intelectual que lhe permita adaptar-se à produção flexível. Desse trabalhador, portanto, exigir-se-á: capacidade de comunicar-se adequadamente através de domínio dos códigos e linguagens incorporando, além da língua portuguesa, a língua estrangeira, autonomia intelectual para resolver problemas práticos
utilizando conhecimentos científicos buscando aperfeiçoar-se continuamente, capacidades de enfrentar novas situações, capacidade de comprometer-se com o trabalho através da responsabilidade da crítica e da criatividade.
É visível a necessidade de mudança na identidade profissional e nas formas de trabalho dos professores. O mundo contemporâneo clama por uma formação geral de qualidades do aluno, o que depende de uma formação de qualidade dos professores. O trabalho convencional do professor está mudando em conseqüência das transformações no mundo do trabalho, na tecnologia, nos meios de comunicação e informação, nos paradigmas do conhecimento, nas formas do exercício da cidadania, nos objetivos de formação geral que hoje incluem: a criatividade, a solidariedade, a qualidade de vida, a preservação do meio ambiente.
Em conseqüência dessas exigências do mundo atual, os saberes pedagógicos e didáticos são afetados e consequentemente os modos de formação, os métodos e técnicas de ensino. Enquanto educadores, temos que formar sujeitos pensantes, capazes de interpretar a realidade e nela intervir, envolvendo-se com os problemas atuais em relação à natureza, à sociedade, à política, à cultura, ao trabalho e a sua própria vida. A escola deve propiciar o desenvolvimento de habilidades e competências que possibilitem a seus alunos intervirem nessa realidade. Precisamos mudar e somente a mudança das práticas organizacionais e de gestão, junto com o projeto pedagógico podem produzir a qualidade desejável para a educação. Temos que mudar sim, mas sobretudo precisamos saber como fazer essa mudança.
Yeda M.ª Alves Guimarães

BIBLIOGRAFIA:
¨      LIBÂNEO, José Carlos - As mudanças na sociedade, a reconfiguração da profissão de professor e a emergência de novos temas da didáticaÁguas de Lindóia - SP. 1998.
KUENZER, Acácia Heneida - Globalização e Educação: novos desafios - in Anais II, v. 1/1 - Olhando a qualidade do Ensino a partir da sala de aula- IX ENDIPE - Águas de Lindóia - SP. 19

5 comentários:

  1. gostei mto da sua materia!!!! Parabens....
    Vc poderia me dar exemplos de descobertas científicas que provocaram avanços na área da pedagogia?

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  2. qostaria saber sabre os avanços da ciencias dentro da area da pedagogia.....vc pode me responder Magnólia?

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    Respostas
    1. Faz o seguinte, manda seu email que faço questão de responder, assim saberei com quem estou discutindo sobre educação e avanços cientificos e tecnólogicos.

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  3. Te dei uma resposta por email, não tenho conhecimento de avanços das ciência na área da pedadgogia, apesar dos estudiosos da área se esforçarem para tal, vejo que as mudanças são muitas, e o texto nos fala um pouco sobre isso especialemnte no último paragráfo.Quando li o texto e postei tive me perguntei a mesma coisa , aí fiz outras pesquisas e pude preceber que não existem muitos avanços, que na área da pedagogia ainda caminhamos como tartarugas. Se não te respondi como gostaria entre em contato outra vez e se puder se identificar fiacaria feliz. obrigada

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  4. poderia me dar exemplos de descobertas científicas que provocaram avanços na área da pedagogia?

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